segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

Por Josy Llopes

Parte I

Um barco na imensidão

Era uma vez um barco.
Um barco na imensidão.
Os portos nos quais ele atracava,
Não aplacavam sua solidão.
O mar e o barco.
A brisa e o barco.
Nunca o porto e o barco.
Não havia um porto suficientemente equipado para as suas necessidades.
Alimentava-se um pouco de poesia num,
De calor noutro.
Partia como aportava, com o coração vazio.
Um dia descobriu resquícios de um antigo porto.
Estudou-lhe todo, minuciosamente.
O porto já havia sido desativado
E aquilo era para ele o sentido da vida.

Parte II

A imensidão do barco

O barco pequenino, muito amor carregava.
Derramava lágrimas em formato de versos por todo o antigo, desativado porto.
O barco ao porto declamava poesias!
Amava-o como coisa-viva,
Com uma imensidão que não se pode caracterizar.
O barco lia no mar os versos do morto porto.
O porto, nada respondia.
E aquele era o verdadeiro sentido da vida.

2 comentários:

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