sexta-feira, 21 de maio de 2010

Gene dos ruivos


Participação especial de Raphael Costa do blog Eudeviaestar.

Sentir isso é a liberdade que tenho.
Tentam me fazer acreditar que meu "eu" interno
não pode ser meu "eu" público.
Mas de certa maneira, calado, falante, porre ou sóbrio:
sou a mesma verde ervilha.
A que estava debaixo daquele seu colchão,
a que rolou para fora do pote da vovó
por não querer ser parte do molho.
Devia assim andar nu,
não para espantar, seduzir ou expressar,
devia apenas calar e sentar.
Mas o desejo da maioria não repreendeu meus anos de carteira
traseira sedenta de opinião livre.
Um dia os pequenos sardentos tem garganta,
ela é rouca e diz mais do que deveria,
e talvez mais do que gostaria.
Mas sempre é o necessário para certos pontos de vista,
de quem curte,
de quem sacrifica pela redenção
da libertação pessoal.
Eu sou o primeiro de muitos, de muitos que virão.

Nenhum comentário:

Postar um comentário